Poesia Envenenada VII (Voz Corroída)

Quando a luz do sol foi negada,

Tornando o sonhador em pedaços,

Encarando seu espelho de mentiras,

A andar só pelo limiar da espada.

Roubaste a voz do cantor,

Arrancou os olhos do pintor,

Com um beijo ardente e puro

Envenena o poeta com o escuro.

Dançando para tuas estrelas

No túmulo de minha alma,

Sorrindo enquanto eu esmorecia,

Sangrando meu arco-iris ao preto e branco.

Sorria, Sorria, pois o tempo anda,

A voz corroída um dia voltará,

Lamente suas recordações apenas,

E só quando meu uivo escutar.

Ariel Lira
Enviado por Ariel Lira em 15/05/2014
Reeditado em 15/05/2014
Código do texto: T4806889
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