Um dia...
Perscruto bem ali agonizante
Despedaçado sofá sem vida
Traduz a alma de quem habita
Lágrima de desalento incessante
Triste cenário de abandono
Resto de vida em cada canto
Bebida amarga da alma
Que chora o amor perdido
Onde um dia foi lar feliz
Agora resta puro desabrigo
Tal triste fim de festa
A tristeza é como castigo
As alegrias tantas vividas
Onde reinava a harmonia
A família feliz completava
Ficou o silencio em teimosia
Flores tristes na janela
Ausência fazendo-se sentir
Um lar sem alma, testemunhando
Lembranças que vão se apagando