The Lamentation (Anthony van Dyck, 1620)
NO GÓLGOTA VIII
O SEPULTAMENTO
Nicodemos estendeu o lençol de linho
E com muito cuidado o corpo envolveu.*
Depois no colo da mãe depositou
Aquele que o mundo coroou de espinhos.
Levantaram o corpo lentamente
E O levaram para o túmulo novo.
Foram muitas as críticas do povo:
Acusaram de agir incorretamente
José e Nicodemos,* líderes judeus,
Dois representantes do Sinédrio,
Sepultando um revolucionário.
Todavia, ambos sabiam que o Galileu
Os havia libertado da escravidão,
Resgatando-os do túnel da religião.
* "José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, embora oculto por medo aos judeus, pediu a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus; e Pilatos lho permitiu. E Nicodemos, aquele que antes tinha visitado Jesus de noite, foi também, levando cerca de cem libras duma mistura de mirra e aloés. Tomaram, pois, o corpo de Jesus, e o envolveram em panos de linho, com as especiarias, de acordo com os costumes judaicos de sepultamento. (Jo 19:38-40)
* Nicodemos e José de Arimatéia ouviram as lições de Jesus e ficaram fascinados por aquele Galileu e desejavam saber mais, entender melhor quem era aquele homem humilde, mas que falava com sabedoria incomum. Argumentos, dogmas, princípios religiosos não poderiam rebater a plena verdade. Jesus falava com a autoridade de Deus, mas com o amor do Pastor que cuida de Suas ovelhas e eles se calaram diante da Voz que prega uma verdade límpida, inconteste.
- Nicodemos era um fariseu, líder dos Judeus e membro do Sinédrio. Aparece três vezes no Evangelho de João, identificado como discípulo secreto de Jesus. Nicodemos, que antes tinha vindo a Jesus quando estava de noite, veio quando era dia, trazendo consigo especiarias para ajudar José a preparar o corpo de Jesus para ser colocado no sepulcro e tornando publico seu discipulado, o que permitiu ver o cumprimento de uma profecia feita por Jesus de que ele seria levantado “Como Moisés levantou a serpente no deserto” (Jo 3:14).
- José de Arimatéia era um homem rico, magistrado e líder religioso. Era discípulo de Jesus, mas mantinha isso em segredo, tal como Nicodemos, por temor às autoridades judaicas. Aparece nos quatro Evangelhos no contexto da Paixão e da morte de Jesus.
Segundo os textos apócrifos, José de Arimatéia teria se oposto à conduta de seus pares no que diz respeito ao julgamento de Jesus, assim como Nicodemos e Gamaliel. Após ter sepultado Jesus, foi preso pelas autoridades judaicas. Outros textos referem que ele guardou consigo até ao dia de sua morte o vaso eucarístico da Última Ceia (que havia ocorrido em sua própria casa), o Graal.
O não reconhecimento de Jesus como um criminoso, a reclamação do corpo para que pudesse realizar um funeral digno e em sua própria sepultura familiar, significa que aquele homem era justo e destemido. A dimensão da grandeza do seu gesto, certamente, deve ser um dos maiores exemplos de honradez de um juiz que se tem notícia nas Escrituras.
- Nicodemos era um fariseu, líder dos Judeus e membro do Sinédrio. Aparece três vezes no Evangelho de João, identificado como discípulo secreto de Jesus. Nicodemos, que antes tinha vindo a Jesus quando estava de noite, veio quando era dia, trazendo consigo especiarias para ajudar José a preparar o corpo de Jesus para ser colocado no sepulcro e tornando publico seu discipulado, o que permitiu ver o cumprimento de uma profecia feita por Jesus de que ele seria levantado “Como Moisés levantou a serpente no deserto” (Jo 3:14).
- José de Arimatéia era um homem rico, magistrado e líder religioso. Era discípulo de Jesus, mas mantinha isso em segredo, tal como Nicodemos, por temor às autoridades judaicas. Aparece nos quatro Evangelhos no contexto da Paixão e da morte de Jesus.
Segundo os textos apócrifos, José de Arimatéia teria se oposto à conduta de seus pares no que diz respeito ao julgamento de Jesus, assim como Nicodemos e Gamaliel. Após ter sepultado Jesus, foi preso pelas autoridades judaicas. Outros textos referem que ele guardou consigo até ao dia de sua morte o vaso eucarístico da Última Ceia (que havia ocorrido em sua própria casa), o Graal.
O não reconhecimento de Jesus como um criminoso, a reclamação do corpo para que pudesse realizar um funeral digno e em sua própria sepultura familiar, significa que aquele homem era justo e destemido. A dimensão da grandeza do seu gesto, certamente, deve ser um dos maiores exemplos de honradez de um juiz que se tem notícia nas Escrituras.