Descida da Cruz
(Giovanni Bazzie Hans Menling,1540)
NO GÓLGOTA VI
MARCAS DE SANGUE
No Gólgota o centurião tentou ocultar
De sua mão aquelas marcas vermelhas,
E dos olhos,* que ardiam como centelhas,
Olhava o Crucificado, queria chorar...
Já estavam mortos os três "malfeitores",
Sua triste missão estava encerrada.
Mas como regressar? A lança pesada,
Na mão, braço e olhos sentia tremores…
Que se passava? Não compreendia,
Jovem, forte, sempre com disposição.
Escondeu dos soldados a tensão,
Algo anormal se passava, não sabia…
Com O Crucificado na lembrança,
Chorou sobre as mãos, abraçou a lança.
- "Sem derramamento de sangue, não há remissão (perdão)" (Hb 9:22b)
- "...Um dos soldados perfurou o lado de Jesus com uma lança, e logo saiu sangue e água." (Jo 19:33,34)
- * Impiedosamente, o centurião romano cujo nome era Gaius Cassius Longinus, capitão da guarda do templo, cravou a sua lança no peito de Jesus. O sangue e a água que verteram do ferimento espirraram sobre suas mãos e olhos. Sofria de cataratas que lhe dificultavam a visão. Quando o centurião limpou o sangue dos olhos, imediatamente recuperou totalmente a vista. Sabe-se que, mais tarde, converteu-se, profundamente arrependido do seu ato cruel.