Concha Vazia



Senti a paz do mergulho na solidão
Um silêncio de disforme barulho
a vibração elétrica dos mistérios do núcleo da Terra...

Estiquei as cordas do tempo
dedilhei uma canção de improviso
dedilhei uma canção sobre um sonhar implícito
aos olhos do mundo e ao compreender de meu espírito...

Em busca de pedras que complete sua criação
um Ermitão...Buscando nas árvores alguma companhia
no canto dos pássaros alguma alegria

Dando para a tristeza uma constatação
Para um novo ciclo, um ponto de partida
- Tudo passa, nada fica
não importa tempo
assim segue a vida-

Ergo-me do monturo de tantas penas
e com a coragem do guerreiro vou seguindo
guardo como pendor a concha vazia
Para onde for levo comigo o mar...
Águas cristalinas e salgadas
Como as gotas por mim choradas
Na saudade de fazer em teu seio minha morada!
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 07/04/2014
Código do texto: T4760047
Classificação de conteúdo: seguro