Morto em seu Império

Confunde-se na natureza erguida
A minha imagem fria...
Apenas assim não provo do assombro
E tropeço na pungente tristeza...

Este casco ainda me é ofertado...
E lancinante eu aceito
Em honra aos mortos de meu legado...
Consternado caminho no vale perdido...
E tanto tudo desta alma foi escondido
Que não mais, talvez, seja achado...

E o homem por sua própria gana
Foi ferido... Trucidado...
O rei por sua própria coroa
foi ofuscado... Humilhado...

Jaz mefítico em seu império...
Não há paz... Não há beleza
Apenas a manifestação deletéria...
E os súditos, são estatuas...
Vazia de almas...
E as amantes apenas fêmeas cadavéricas...

Quem sabe, se sorte for, não existe culpado...
E toda a sorte de malefícios
Formou-se no orgulho de se cometer pecado.

E hoje o pecador ver-se sem a chave do altar...
Acastelou de tal forma seus sonhos e seu amor
Que rezar não basta, ver não encanta
Não há caminho... Somente a via sacra do devedor...

Misturado entre os ossos, estagnado
Vejo toda esta saga... E minha bonomia
Causa pena a minha alma... Choro
Pois não sei o que fazer de minha empatia...
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 22/03/2014
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