PELO CAMINHO

Pelo caminho que a palmilhar sonho,
Me proponho acreditar no fulgor d‘ aurora,
E acredito, insisto, invisto, exponho,
Um‘alma errante, soante, praticante do agora.

De erro em erro, aprendo a conviver,
Com as entrelinhas das minhas inquietudes,
Permito o caminho me ser, me envolver.

Ajo em nome do louco - poético que sou,
De vez em quando, um par de asas, me dou.

Me lanço... alcanço insondáveis amplitudes.


- - - - - - - - - -

POETANDO

Na plenitude do sonho que me afaga,
acredito no amanhã que me espera,
porque nada, nada, nada em mim apaga,
o sonho que há de florir na Primavera.

 Primavera de flores radiosas,
brilhantes como a cor da alegria,
que vejo na beleza de uma rosa.

 Louca sim, quem me diz, talvez eu seja,
mas loucura mansa, calma, benfazeja.

Me lanço, então, nas asas da poesia.

(HLuna)