EU À DERIVA

Palavras me violentam

Parece sem querer

Me enciúmo de cada linha

Antes tão minha

Agora de quem mais

Engaveto os versos

Domino as rimas

Mas o coração

Diz não

Peço sossego ao corpo

Mas a alma não se entrega

E me estraga por completo

Passo o dia perdida em memórias

E tento esquecer

O que teima permanecer

Antes o que era meu bem

É hoje tão somente meu mal

Rasgou a minha paz

Me cercou de mimos

E pelo abandono à deriva

Não há perdão

Marcela Cristiane
Enviado por Marcela Cristiane em 08/03/2014
Reeditado em 08/03/2014
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