Minhas vanguardas

Eu diversa cubista

contra a vontade

cheia de arestas e pontas

prontas a quebrar-se

ao toque da mais leve pluma

eu louca dadaísta

brado versos confusos

difusos em minha alma

inteligíveis a normais

Compreensíveis a mim

eu surrealista

vivendo em sonhos

pisando na realidade

como se pisa em nuvens de açúcar e sal

eu além do meu tempo

futurista pedindo sossego às máquinas

anarquizando a coerência

em mim circunferências

totalmente quadradas

eu gritando com olhos

expressando minha forma

deformada de convicções

silenciando o dia

e o outro e mais outro

para reunir a mim

Marcela Cristiane
Enviado por Marcela Cristiane em 25/02/2014
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