Rabiscos...

Rabiscos pinçados no sereno da vidraça.

Doces sobras, enebriantes, realçam os traços.

Em minh'alma perpassam amargos venenos!

Moldam restos voláteis do sentir, carcaças !

Por um segundo me diz : O mundo é tão pequeno...

Meu sentir registrado numa fina risca de giz.

Em gotas de sereno, um sentimento tatuado.

Rabiscos de um querer só meu, ali registrado.

Rascunhos embaçados, do meu próprio veneno !

eula vitória

18/02/14

***Obra inspirada na produção "RASCUNHOS" de Fátima Galdino.

Eula Vitória
Enviado por Eula Vitória em 18/02/2014
Reeditado em 29/03/2015
Código do texto: T4696171
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