DEPOIS DOS MEUS SETENTA ANOS

Quando criança, do meu quintal, para o céu olhava.

O meu pequeno olhar castanho, no infinito, procurava

Figurinhas, que o vento, nas nuvens desenhava.

Mais crescida, para o Colégio,todas as manhãs andando,

Pelas calçadas das ruas, as arvores olhando

A diferença entre as folhagens,na mente, anotando

Ia a diversidade da senhora natureza, observando.

Adolescente, andei outros caminhos e estradas...

Passaros, formiguinhas, flores e borboletas encontradas

Me faziam companhia, por esta longa viagem

Emprestando beleza e encanto, a minha paisagem.

O tempo, lento, ao sabor da vida, passou, e percebi

Sentada aqui nesta beira de praia, no vai e vem do mar

Que, nos meus setenta anos, intensamente, a vida vivi.

E minha alma, que não envelhece,continua, a amar!

(Hoje, 11 de fevereiro, as 7 horas e 3 minutos da manhã. na Beira da Praia de Manaira, escrevi o primeiro poema, deste ano de 2014, com meus, exatos 72 anos 4 meses e 21 dias)

Josenete Dantas
Enviado por Josenete Dantas em 11/02/2014
Reeditado em 13/01/2016
Código do texto: T4687446
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