NÃO HOUVE NADA ATÉ QUE...

Querendo se proteger,

mas não houve nada.

meu coração dispara,

mas não houve nada.

cabeça de gelo,

em meio ao degredo,

aprendendo ao acaso,

mas não houve nada.

Querendo muito mais

o que nunca se mostrou,

apenas sabendo o que valha,

cabeça certeira,

mas não houve nada.

Tanto tanto se perdendo,

vida passando sem graça,

é como se...Mas não houve nada.

Memória viva de elefante,

olhar esguio de ave presa,

coração grande de boi,

muito se viu tudo se foi,

pra que pressa...disparada,

pois, não houve nada.

Meu sentimento de gente,

minha língua solta de poeta,

longe da gramática eclética,

tudo emerge se amontoa,

houve tudo,

minha vida perplexa,

absurdo!

Cabeça de gelo coração de pinguim,

mundo perverso quase sem graça,

fico reticente...Posto em mim.

Mas não houve nada.

Oi meu amor!

Tudo se move,

se você me olha,

me eleva e me toca,

já não sei se não houve nada,

pra este mundo que estava sem graça,

e já pode haver tudo,

dentro e fora do mundo absurdo.

Omar Botelho
Enviado por Omar Botelho em 15/01/2014
Reeditado em 22/03/2015
Código do texto: T4650825
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