Seu rosto,

Traz as marcas de uma luta

Não sei se vencida,

Mas com certeza foi bruta.

Seu olhar, aberto em riso,

Deixa meu coração vacilante

Tal qual um bêbado errante.

Seus olhos

Caminham certeiros,

De um lado a outro

De uma rua a outra

Como se fossem os donos do meu corpo,

do sol e da lua que alumia o meu chão.

Ah, como os meus sonhos voam

Como são injustos os meus sentimentos

Que a todo instante me fazem esquecer

Que um dia, eu sei, hei de morrer.

Mas não deixe que saibam da minha dor

Nem que conheçam a minha tristeza

Finja que foi minha amante

A mulher mais excitante

Que tomou conta de mim

Sem nunca me possuir

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 26/04/2007
Código do texto: T464954
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