Macarrão da lua
Lua...
olhos do poeta...
vida empanelada...
Molha de molho de tomate
o dentro da panela
que por fora
prepara-se a vida como pasta
para ser comida ao dente!...
Não há
o que se junte tão bem na vida
que a lua, os olhos do poeta e a panela
Só faltariam agora
Beaudelaire, o vinho e a virtude
o silêncio...
a música...
ou o único reflexo verdadeiro
dessa lua na terra:
o brilho dos olhos da mulher
e o que de sensual
acontecer a partir daí...
O homem e a mulher
se unem perfeitos, como formas e partes
de um fruto cortado ao meio, como o tomate
desse molho que é vermelho como a vida!
Como o sangue que corre
que, se não corre é de outra cor!
-Pôr-do-sol sim!
daqui, da janela dessa cozinha
e uma lua tardia
que nos faça esperar
NOTA: período 2002-2008