Macarrão da lua

Lua...

olhos do poeta...

vida empanelada...

Molha de molho de tomate

o dentro da panela

que por fora

prepara-se a vida como pasta

para ser comida ao dente!...

Não há

o que se junte tão bem na vida

que a lua, os olhos do poeta e a panela

Só faltariam agora

Beaudelaire, o vinho e a virtude

o silêncio...

a música...

ou o único reflexo verdadeiro

dessa lua na terra:

o brilho dos olhos da mulher

e o que de sensual

acontecer a partir daí...

O homem e a mulher

se unem perfeitos, como formas e partes

de um fruto cortado ao meio, como o tomate

desse molho que é vermelho como a vida!

Como o sangue que corre

que, se não corre é de outra cor!

-Pôr-do-sol sim!

daqui, da janela dessa cozinha

e uma lua tardia

que nos faça esperar

NOTA: período 2002-2008

Cassio Poeta Veloz
Enviado por Cassio Poeta Veloz em 14/01/2014
Reeditado em 10/02/2014
Código do texto: T4649277
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