A CHAMA DA LAMPARINA

A luz bruxuleante da chama de uma lamparina

Ilumina a velha casa que abrigava minha alma

De um tempo memorável de lembrança repentina

A chama em espiral subia pelo ar, me dando calma.

Sob o alpendre eram contadas as mais belas histórias

Vivências remetidas da minha gente singular

Lições que carreguei para conseguir as vitórias

Ensinamentos que se perpetuaram no meu lar.

Meu espírito poético germinou de várias chamas

Vem permeando o lírico do meu sertão interior

Transformando com a vivacidade de suas flamas

A emblemática terra árida à beleza da flor.

Por que esta saudade não desaparece no ocaso?

Por certo é para manter vivas as memórias de outrora

Que trazidas nas asas do vento não por acaso

Realimentadas pelo amor que no meu peito mora.

Neneca Barbosa

João Pessoa, 30/11/2013

Neneca Barbosa
Enviado por Neneca Barbosa em 06/12/2013
Reeditado em 15/10/2014
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