ETERNAS CEREJAS / REQUINTE EXÓTICO

Não posso negar-me

A taça que me embriaga

Do excesso de vida,

Bebo dela e sorvo tudo.

O que existe em volta

E no vento faz sentir.

A fina flor do fado

A oferecer

O mel do vinho.

Ela, feito copo de cristal

No áspero tronco

Esquecido da árvore.

Flor de néctar contido

Que já produziu

Frutos de que bebi o suco.

E sinto na boca

O doce sabor das eternas cerejas

Que me coloriram os lábios.

Dalva Molina Mansano

É COM ALEGRIA E GRATIDÃO QUE TRAGO O POEMA REQUINTE EXÓTICO, ESCRITO POR TÂNIA MENESES, E O DEIXO AQUI, JUNTO A ETERNAS CEREJAS.

REQUINTE EXÓTICO

*Inspirado no poema Eternas cerejas,da poeta londrinense, DALVA MOLINA MANSANO

A cereja no Martini é paradoxo

Gosto e desgosto

Requinte exótico

A cereja flechada pelos palitos

Bêbada se balança

Entre o fundo da taça

E a boca que a espera

Amargo beijo sem sentido

Engole-se o vermelho

Com as lágrimas

Enquanto se ouve um tango sem destinatário

E se pode então perguntar

Sobre as circunstâncias

E as pompas da metáfora

TÂNIA MENESES

Dalva Molina Mansano e TÂNIA MENESES
Enviado por Dalva Molina Mansano em 04/12/2013
Código do texto: T4598218
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