Minha Rua

Empresto meu olhar na rua na madrugada,

Ele se quebra na esquina , onde as arvores choronas clamam pela chuva,

O vento veleja os muros , sabe-se la por onde andará ,

Meu olhar carregado do silêncio , observa as arandelas acesas ,

Denunciam as mãos daqueles que ascenderam ,

Despindo-se da noite para navegar na canção do seu descanso,

Quantas lembranças de amor ,quantas saudades já adormecidas em cada coração,

Há, minha pobre alma! que tanto almejaria ser um querubim , sobrevoar o silencio da larga rua , calma e tão tristonha ,

devolvo m'alma ao meu repouso também.

Mas meu olhar ainda nítido e minha alma lúcida , lembra-me a rua do meu amor, ouço o barulho das águas correntes que passeia a madrugada correndo ,

Vejo um retrato de mim sentado na ponte pequena , com perfume da madrugada que as pequenas árvores me daria, o frescor e a calma desse pequeno riacho,

Adormeço pensando em novo dia que vai clarear,

E finalmente as arandelas que irão se apagar.

Joseph Schiavinotti
Enviado por Joseph Schiavinotti em 14/11/2013
Reeditado em 16/11/2013
Código do texto: T4570296
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