JATO DE LUZ

Nadir Silveira Dias

Há dias, momentos;

há tempos em que o intérprete,

o artista, o autor nada diz.

O cantor não canta,

o pintor não pinta,

o ator não representa,

o autor não traduz

o sentimento que avassala,

enobrece ou aniquila.

Só rumina, e rumina,

sem conseguir

expressar a dor,

o conflito, a letícia, alegria,

e jorrar – jato de luz – a poesia!

O poeta não metaforiza.

O prosador cala.

O mundo todo se abala!

Nadir Silveira Dias
Enviado por Nadir Silveira Dias em 27/08/2005
Reeditado em 11/07/2007
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