VIDA EM SONHOS

Tinha as mãos fechadas

guardando meus sonhos,

era perigoso abri-las

poderiam perder-se.

Fui soltando dedo a dedo

V a g a r o s a m e n t e.

Quando se viram abertas,

Meu coração percebeu

Que estavam vazias.

Sonhos desvanecidos

Criança posta de lado!

Pus-me a percorrer trilhas

Valia a pena colher sonhos

Perdidos à beira da estrada.

Em cada galho, pendente

um fruto que se transformava.

Fui pegando-os um a um

V a g a r o s a m e n t e.

Coleta paciente,

Sorrisos recolhidos,

Recolheita dos sonhos.

Atirada, abri bem as mãos

Jamais as fechei novamente.

(melhor que ficassem abertas)

Agora são assim, espalmadas

Eternamente viradas pro céu!

Porque soltos não escapam.

No centro dos meus sonhos,

Unido a mim está você

Guarde-nos por mim, meu amor,

V a g a r o s a m e n t e!

Brinquemos juntos nesta festa

e sejamos felizes em nossas mãos

pois sonhos repartidos sustentam-se

não se perdem, multiplicam-se.

Somos assim: um do outro,

uma vida em sonhos.

E t e r n a m e n t e.

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 27/10/2013
Reeditado em 27/10/2013
Código do texto: T4544222
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.