COMO POSSO (...)
Como posso esquecer (...)
se ainda sinto os
ventos a soprarem,
ou são apenas ilusões...!?
se são (...)
porque é que tenho tal visões
de que vale essas previsões
se queres-me distante !?
porque te mostras envolvente
e quando estas carente
é nos meus braços que vens correndo
assim não me ajudas a esquecer esse vento
ou melhor, aos poucos estas me matando
me aprisionaste nos teus medos
fazendo do teu silêncio, nossos segredos
queres-me distante, e ao mesmo tempo tão próximo
vives ainda dividida, quase sem rumo
eu amo-te, assumo
e não consigo ver outra lua
se não a tua
isso esta a deixar-me doido
como posso sentir-te tão perto
como posso ouvir a tua voz cá dentro
qual feitiço fizeste !?
vá diz-me
foram os beijos que me deste!?
ou a quentura do teu corpo!?
ainda sinto o pulsar forte
tenho medo disso, tenho medo da morte
não da morte morrida,
mas sim da morte sofrida
desse amor que não se decide
desse desejo que em mim reside
o teu vento me agride
sinto fome e sede,
como pode !?
eu amar-te até a eternidade
que feitiço fizeste!?
vá diz-me a verdade,
porque é que ainda amo-te
porque é que ainda quero-te
não consigo fugir o luar
as vezes machuco as lágrimas
agitando o meu mar
mas quando vejo o teu retracto
consigo me apaziguar
teu rosto ainda me encanta
a tua voz, faz-me falta
ainda és a minha poesia
condenei-te nos meus versos
fiz-te magia
acreditas ou não
eu amo-te, a cada dia (...)