História de um homem sozinho

No meio de uma vida solitária,

Lá estava Meneses:

Em casa, lendo seus personagens,

Sem amigos, sem vida.

Não fazia nada e mais nada.

Não sabia o queria,

E tentava ver quais eram suas crenças para si mesmo

E saber quais eram as suas coisas lúcidas do mundo;

Tentava conquistar as coisas mesmo sem razão.

No poço de vida ele estava tapado pelos seus pensamentos

E, o resto, ele fitava com certo olhar de mesura.

Saía das leituras (e das reflexões):

Andava pela casa:

Não fazia mais nada, além disto.

Andava, andava e mais andava...

Até desgastar a andação.

Se não andava, só lia e relia o que podia.

Insistia em leituras:

Ler esses versos como se não houvesse

Mais nada para alguma realização.

Ficava como outrora,

Com aquele olhar e pensamento irredutíveis

E pensou: deixei-me ser como um vasto mundo!

Ai que mundo!

Ricardo Miranda Filho
Enviado por Ricardo Miranda Filho em 26/10/2013
Reeditado em 27/10/2013
Código do texto: T4543302
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