Pra voce...

Pra você

quero fazer

um poema cheio

de graça cheio de amor.

Colocar nele

toda a beleza da vida

e todas as gotas cristalinas

que banham as pétalas

de uma flor.

Ver nele nascer

o sorriso inocente

do menino travesso

e te oferecer.

Quero fazer

pra você um poema.

Um poema...

Doido... Louco... Sui-generis...

Talvez diferente desses,

que os poetas

fazem por ai.

Quero fazer um poema

impertinente.

Que nele eu envolva

só você.

Perturbada, desvairada,

brigando, xingando,

nos fins de noites.

Nos bares da vida.

Nos fins das madrugadas,

a me procurar.

Quero fazer um poema

e colocar dentro dele.

A tua alma

e a minha alma entrelaçada

a tua. Ambas soltas

desprendidas caminhando

pelas ruas.

Quero fazer um poema

nosso! Bem nosso.

Que mate de inveja

os outros.

Nilópolis 19/09/2001.

Poema publicado na coluna literária da Academia Nilópolitana de

Letras da Arcádia de Letras de Nova Iguaçu. RJ.