UM GRITO MUDO
Quando se pensa no passado
sem ver o presente aos meus.
A saudade e a solidão que sente
uma paixâo sofrida, que diz adeus.
A ternura do beijo ausente, sente,
uma ilusão imença da boca casta.
Quando a paixão encontra o amor
morrendo na partida, de um basta.
Ninguém sentiu no peito tal ilusão,
o vazio de uma paixão no derradeiro.
Do beijo que ficou no último tesão,
que guardo ainda na lembrança.
Guardei meu último desejo carente
para alguém, que não consigo evitar.
Escrevi o poema da paixão falida
para não esquecer de te amar.
O sonho ainda amargo e esperançoso
alimenta um velho coração sofrido, esperei.
E triste por nostalgia de um romance teimoso,
voltei ao tempo e senti saudade, lamentei.
Chorei baixinho a minha tristeza encalhada,
olhando de longe a mulher que amei, meu tudo.
Evitei meu desespero, que frieza e gargalhada,
e consegui, que o meu grito ficasse mudo.
________Nillo sergio.
2013/10/24
Poeta do balcão