suportar

nos vagões que acumulo

na carne,

guardo os mortos

e o vale triste

o verme da vida já gasta

a escória que no tempo, ( ainda)

escorre

guardo o vergão dominante

a viga podre e cindida

que um calabouço

escorava

costura tampa da vida

que quando fraco romper

( tomara Deus que eu aguente)

um rio de lava a correr

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 02/08/2013
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