suportar
nos vagões que acumulo
na carne,
guardo os mortos
e o vale triste
o verme da vida já gasta
a escória que no tempo, ( ainda)
escorre
guardo o vergão dominante
a viga podre e cindida
que um calabouço
escorava
costura tampa da vida
que quando fraco romper
( tomara Deus que eu aguente)
um rio de lava a correr