Poema IV

Envolta no silencio do passado

Que a memoria teima, em perturbar

Vou, tentando, passo a passo

Na alma, minha dor acomodar.

Nas esquinas da minha solidâo

Escuto o eco, das passadas

Outrora. firmemente dadas

Em busca dos caminhos do coração,

Pelas ruas, hoje, de sonhos desertas

A esperança, me acena em despedida

Falando-me, das horas incertas

Para um recomeço de vida.

E, quando mais tarde a noite, em mim,

Se proclamar definitiva

Espero ter coragem de adiar o fim

Que há de vir,sem alardes, sem despedida.

Josenete Dantas
Enviado por Josenete Dantas em 19/07/2013
Reeditado em 07/07/2015
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