Flocos de Medo

por toda

essa sombria eternidade

que percorre o vazio

que se infiltra em cada canto

de meu aconchegado cadáver,

sinto em minha esquecida dor

os momentos de sonhos

em que me afogo agora,

como flocos de medo

a caírem sobre meus

já fatigados ombros.

ao respirar as vozes

que flutuam nos

recantos sepulcrais

de minha abandonada mente,

sinto a agonia de sonhar

nos braços dessas sombras,

que me enfeitam e instilam

os flocos de medo

ao meu alquebrado coração,

sendo curado assim

de toda esperança de luz

que supera as vagas lembranças

desse futuro feliz a que estou

sufocantemente negligenciada.

Karen Samira Yagami
Enviado por Karen Samira Yagami em 29/06/2013
Código do texto: T4363357
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