Ao Lírio Gracioso

AO LÍRIO GRACIOSO

Eu sei que sou um sujeito inexistente; mas

Num período composto por subordinação

Você é minha oração principal

E eu sou a oração subordinada

Que às vezes é transformada num substantivo comum,

Ou reduzida apenas de um gerúndio, particípio ou infinitivo.

Num período composto por coordenação

Você é minha conjunção alternativa

Que me liga a uma oração independente.

No nosso predicado Verbo-Nominal,

Você é o objeto que tem todos os predicativos

E não existe predicativo do sujeito

Sendo eu o sujeito dessa oração.

Você é a minha prosopopéia

Que também pode ser chamada de personificação,

Sou polissíndeto, eu sei,

Mas prefiro a ser assíndeto.

Sem metáfora e sem hipérbole

Na nossa relação regência verbal,

Você é o termo regente, e eu sou um termo regido,

Apenas um objeto qualquer (direto ou indireto),

Na relação, relação regência nominal

Você é o complemento do meu nome carente.

Quando eu sou verbo, sempre sou transitivo direto,

Precisando de preposição me ligando a alguém,

Não posso lhe ensinar o verbo AMAR

Pois os gramáticos dizem:

Que ele é transitivo DIRETO – sem preposição –

Mas o meu amor é transitivo INDIRETO

Sempre precisando de você ( regido de preposição )

Quando você é oração subordinada substantiva

Sempre funciona como subjetiva, visto que,

Eu como oração principal, não tenho sujeito.

( Ex. É necessário que você continue. )

As conjunções coordenadas conclusivas me fazem concluir.

Logo, portanto, todavia, não existo sem você...

Aí¸ eu sou um sujeito oculto.

“O fanatismo é o desequilíbrio da emoção sobre a razão”.

Samuel Alencar da Silva

salencar
Enviado por salencar em 28/06/2013
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