LEMBRA-TE

Quando da morte o sentido

te embaçar de tudo os olhos

onde era o clarão matinal

e pássaros livres nos galhos.

Quando avistares o abismo

sem as muralhas de ontem

e veres sumir o futuro

antes que o comuniquem.

Quando o palor do desatino

e a solidão do espírito amargo

te revelarem o desespero

e ainda o sonho que alarga

e mesmo quando no sonho

da imerecida e súbita glória,

fores cavalo indomável

rumo ao primeiro páreo;

lembra-te sempre, lembra-te,

incontidamente sempre,

que o que vale é não deixar

que o indubitável te compre.

Kleiton Muniz
Enviado por Kleiton Muniz em 28/06/2013
Reeditado em 29/06/2013
Código do texto: T4361832
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