Amor desperdiçado

Nesta manhã de janeiro, como outrora,

O sol abençoa-me, celebrando o dia.

E, assim quente, doirado e generoso,

Há de beijar-te ternamente o rosto,

Como fazia eu, a cada aurora!

Neste verão uma saudade imensa

Em mim, se faz, pela tua ausencia.

E, de coração amargurado, te imploro agora:

- Não façamos como em outros janeiros

Quando pela vida, não queríamos ser achados...

Volta, e vamos de braços dados

Resgatar nossos verões passados.

Sarar a solidão desse amor doído

Pois, não é justo, tanto amor em desperdicio.

E perdemos tanto tempo e tanta vida

Desde aquela longa e dolorosa despedida

Que, caprichosamente, estamos sós...

Mas, de hoje em diante, eu decidi:

E,não mais posso admitir

Que, sómente o Senhor Destino

Tenha o direito e o livre arbitrio,

De desatar, das nossas vidas, os nóis!

Josenete Dantas
Enviado por Josenete Dantas em 31/05/2013
Reeditado em 08/04/2014
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