O ofego.

As palavras não são auto-suficientes.

O desespero pede um golo de aguardente.

O destino é algo inseguro.

As decisões ficam em cima do muro.

Quando se quer o colo de mãe da lembrança.

Quando a fé pede um pouco de esperança.

Quando a angústia aumenta o que se deve subtrair.

Quando alguém invisível me impede de cair.

Não encontro da dor, a solução.

Não enxergo nada a um palmo da minha mão.

A ansiedade que não me deixa abstrair.

A hiperatividade de uma mente à beira de explodir.

O controle vem sob forma de impassibilidade.

O sossego flutuante advindo da fuga da realidade.

Ouvem-se as batidas de um coração em ritmo sinusal.

Apenas mero ofego de uma mulher dita normal.

Angela MT Melo
Enviado por Angela MT Melo em 27/05/2013
Reeditado em 04/06/2018
Código do texto: T4312572
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