Edge of Darkness

doce luar

a me acariciar

em minha solidão,

em que jazendo aqui

na margem da escuridão

me sinto livre de toda

e qualquer culpa

por me acolher

no frio de minha própria

demora nesse sonho negro.

e por me despertar

à margem da escuridão,

sinto no âmago de meu pesadelo

o ardor de minha glória,

angélico pecado,

a queimar em minha alma

como o frio glacial

em que habito eternamente

a me envolver delicadamente.

ao caminhar por toda

a margem da escuridão,

sinto no ventre o arrepio

de adormecer sempre

ao relento de nunca mais

ter o amor negro

dessas sombras que

me espreitam e abraçam

a cada sono meu.

Karen Samira Yagami
Enviado por Karen Samira Yagami em 05/05/2013
Código do texto: T4275269
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