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Se não fosse quem sou, seria uma cigana, senhora da magia dos povos antigos. Viajando no tempo, sentindo a brisa no rosto acariciando-me os cabelos...

Seria uma cigana misteriosa. Viveria embaixo de tendas, à sombra das serras, árvores e pássaros. Inundar-me-ia, nas águas de cachoeiras e Sonhos.

Se fosse uma mulher, sem registros nem escritos, pegaria a sua mão e contigo viveria apenas o hoje futuro, esquecendo o passado aguardando pelo amanhã.

Se fosse livre para acompanhar o vento quando quisesse, seria uma sacerdotisa do inusitado, uma cortesã do prazer insano, dançando ao som de violinos, envolta em véus, em volta de ardentes fogueiras da paixão...

Seria parceira do fogo para queimar as suas tristezas, aquecer o teu corpo na transparência da noite, sob a luz do luar e o brilho das ciumentas estrelas.

No alvorecer sentiria o sol enxugando as gotas de orvalho e suor, deixados pela madrugada... Se eu não fosse quem sou... Se eu não fosse tua... Se eu não quisesse pertencer apenas a você...

 

                        

                                          Nota: 8 de abril Dia dos Ciganos


 O texto faz parte do Exercício Criativo: "Se eu não fosse quem sou"
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Maria Mineira
Enviado por Maria Mineira em 15/04/2013
Reeditado em 16/04/2013
Código do texto: T4241531
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