ENTRE AS PAREDES DO PENSAMENTO

Ecoa entre as paredes do pensamento

Tudo aquilo que eu esperava de mim.

Oh, mente assombrada, sem mais escolta

(casa de minha infância), atenda

Dá-me o quintal e minhas ruas de volta.

Conspira comigo e restitui-me a prenda

De conviver, sorrindo, entre estrelas

Com a dominante verdade pura.

Quero comigo a ingenuidade de vê-las,

De, pueril, rir do palhaço, imatura

E de aceitar franquia de ingresso a mim.

Ai, mente endurecida em armadura

Tuas lembranças assim alvas, de jasmim

Perfumadas são flores de laranjeiras.

Que adornam dos meus portais o festim,

Levam-me de volta a alvissareiras

Promessas futuras que não têm fim.

Agradeço imensamente à escritora Recantista, Esther Ribeiro Gomes, por esta magnífica interação:

Ah, mente triste, desiludida,

entorpecida pelas vicissitudes da vida,

leva-me a viajar na névoa do tempo,

quero resgatar doces momentos,

inundar de sonhos meu pensamento,

me inebriar do perfume de jasmim,

dormir sob as estrelas, no jardim,

sentir a carícia do vento!

Esther

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 06/04/2013
Reeditado em 20/05/2013
Código do texto: T4227147
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