coisas inúteis que ás pessoas não colam

o silêncio que

trago não é do

rio ou das corolas

que se dizem virgens;

não é do barco

de aço que me trouxe

até aqui, e nem da comida

que como até colocar pelas

costas

nem do cipó que amarro a lenha

que vai queimar o feijão

muito menos no barbante que

estendo minhas máscaras

( várias delas, disformes ou

conformes )

não é do seio que sai da montanha

quando sol se queda; e eu me finjo vivo

quando uma parte é pedra outra parte

é sombra

o silêncio que trago é só um narcótico

que me tira do trabalho e das horas

que me deixa num limbo falando de

coisas inúteis que ás pessoas não colam

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 01/04/2013
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