destruição

sugou-me a vida,

quase á morte,

a sua loucura me fez anjo

um sujo anjo sem nome

vagando pelos becos

açoitados por demônios

sem comiga ou direitos

um traseunte do inverno;

do inferno, dos bosques

negros e acabados

e quando se percebeu

um surto lhe acomenteu:

"era a treva da infância

que lhe comia as entranhas"

e com alavancas e facas

matou os bichos, matou

o tempo, e da sua solidão

instransponível

(um buraco profundo,

sem fundo, imundo)

varou a própria existência

da sua tumba, cresceu

um homem gigante,

que com seus versos

fortes, destruiu um mundo

delirante

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 25/03/2013
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