____DIVINA MÃO____ (poesia religiosa)

Caminhava, trôpego, por entre vielas sombrias

Não percebia, na vida, importância ou sentido

Rondava-lhe continuamente forte melancolia

Por tortuosos labirintos, perambulava perdido

Recolhia restos de festas, efêmeras euforias

Nada o ligava a nada, fracos elos, rompidos

Exangue, só, caiu em si: prostração e letargia

Carecendo de outros rumos, orou, contrito

Súbito, brilhou intensa luz que ele desconhecia

Seguiu-a, deixando para trás o que havia sido

Súplice, agarrou a amorosa Mão que se estendia

Com confiança e fé, pela Graça foi ungido!

Transbordou a paz na existência antes vazia

Invadiu seu templo interior o Amor desconhecido

Pela primeira vez, vivenciou paz e harmonia

Ao *"Princípio" e ao "Fim", para sempre unido

Pela dor vivida, assimilou a Verdade e a Alegria

Assim, abençoado, su'alma ajoelhou, agradecido!

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*Referência bíblica a Deus, como sendo "o Alfa e o Ômega", (conforme Apocalipse 1;8 e 21:6), respectivamente a primeira e a última letra do alfabeto grego, ou seja, Deus é o Princípio e o Fim de tudo.

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gajocosta
Enviado por gajocosta em 06/02/2013
Reeditado em 12/05/2017
Código do texto: T4126372
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