VIOLÊNCIA

VIOLÊNCIA

Coisa de louco

Mata-se por pouco

Ou quase nada

A morte é anunciada

Perdeu-se a humanidade

Esqueceu-se a verdade

A vida virou mentira

Agora só se atira

Não há perdão

Não há compaixão

Violência total

Amargor existencial

Não há mocinhos

Nesse faroeste

Norte, sul, leste, oeste

Homens daninhos

A vida sempre por um fio

Está aceso o pavio

Saia na rua

Em risco está a vida tua

Grades e mais grades

Muros e mais muros

Não impedem barbaridades

Nem livram ninguém do apuro

Até quando vai a matança

De velho até criança

Ninguém sabe definir

Ninguém para pra refletir

É olho por olho

Dente por dente

Gente ausente

Um viver sem molho

Esse é o extrato

Da conta corrente

Mortes com crédito

Vidas em débito

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 11/01/2013
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