pregas do cu

a cidade é uma pedra

lascada, um enjôo

de grávida, uma ferida

aberta, um psicótico

cuspindo fogo, uma

lagarta no deserto...

é um barco perdido

um corpo apodrecido

uma terra soberba

um papo de bêbado

um acordo mal feito

o vampiro romanesco

é eu dentro dela,

na sua asa goela,

na sua veia banguela

no seu arame torcido

nas galerias fedorentas

nos seus puteiros, nos

seus bairros ricos...

no seu ar de calundu...

na sua marginal pastosa

nas pregas de seu cu