Ruinas de mim
Vem a tempestade
Em rajadas geladas de vento
Assolar-me a alma
Dilacerando-me o corpo
Ruinas de mim
Rompem o tempo
Na mais ingratada das lembranças
Sou o reverso sem verso
Por que a poesia morre
Quando a alma se apaga
E o consolo de tantas canções
Já não mais me afaga.
Minhas ruínas sobrevivem ao tempo
E tem a infelicidade de ver passar por mim
a historia de muitos
todos se vão
eu permaneço,
mergulhado em mim.