Ruinas de mim

Vem a tempestade

Em rajadas geladas de vento

Assolar-me a alma

Dilacerando-me o corpo

Ruinas de mim

Rompem o tempo

Na mais ingratada das lembranças

Sou o reverso sem verso

Por que a poesia morre

Quando a alma se apaga

E o consolo de tantas canções

Já não mais me afaga.

Minhas ruínas sobrevivem ao tempo

E tem a infelicidade de ver passar por mim

a historia de muitos

todos se vão

eu permaneço,

mergulhado em mim.

Francisco A Silva
Enviado por Francisco A Silva em 10/12/2012
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