Pescador de Homens
Pescador de Homens
Delasnieve Daspet
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Noite escura, de chuva, dos mais diversos perigos;
O vento bate com força, quente, o pequeno barco sobraça.
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Eis que ecoa na noite, uma voz,
Que nos diz que a casa não se prende na terra,
Que não se busque riquezas,
Assumir a Cruz e a Coroa de Espinhos,
E, que - é esta a glória e a honra do Homem.
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Abandonar tudo e todos,
Buscar quem precisa de acolhida,
E de liberdade de tantos males.
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Olhei o mar...
Vi que não é apenas verde profundo ou azul celeste,
É também desconhecido e tormentoso,
Como um lugar de todos os medos.
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Por que não ir em busca de outros mares?
Pescar outros peixes,
Buscar os que estão prisioneiros
Das drogas, da fome, do medo,
Das paixões desenfreadas?
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Sair de si, de mim, de ti,
Batalhar pela gratuidade e pelo resgate
Em favor do faminto, do empobrecido, de quem sofre?
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A sociedade, se chamada, continuará a ação,
Não faltará quem assuma a tarefa de derrubar os muros,
De singrar outros mares.
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Tocar as trombetas, anunciar uma nova esperança,
Pois a dor não deve passar de mãos em mãos...
Cada homem deve poder cuidar de sua...
Delasnieve Daspet – 09.10.12 Campo Grande-MS