Último Suspiro

Último Suspiro

O instante, que se faz com o silêncio, onde somente se escutas as batidas do ponteiro do relógio preso a parede.

O vento sopra forte, balançando as árvores que cercam o mundo do ser sozinho.

A chuva fina, é como a força do mar que cada pedacinho do chão da vida sem destino do coração vazio.

As músicas fúnebres embalam a madrugada fria da primavera que se inicia.

Os passos perdidos, deixam pegadas sobre a poeira , da casa que parecia vazia.

O suor é como uma lâmina que se sente cortar quando escorre pela face sem cor da mulher sem amor.

A intensidade das lágrimas correntes, dilacera o homem sentado na varanda

saciando sua tristeza frente a chuva, lendo as últimas frases escritas do seu amor que se perdeu pelo tempo.

Pouco a pouco a escuridão sede seu lugar para as primeiras migalhas do sol que atravessa as cortinas escuras.

O deleite é iminente a sensação de morte é constante, tudo é sombrio, o olhar frio para a fotográfia é sem brilho.

O sentido não existe, são apenas os últimos suspiros de um poeta, que usou as palavras pelo amor e morreu sufocado pelo silêncio da dor que corrompeu seu coração, transformando tudo de belo em um ódio singelo.

Júlio Assis
Enviado por Júlio Assis em 03/10/2012
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