O observador
Do centro da praça observo,
Movimentos e barulhos intensos
Uma luta diária contra o tempo.
Observo pelas ruas...
Pessoas agitadas
Lojas tumultuadas
Carros apressados
Mercados lotados
Trânsito congestionado
E incrivelmente,
Eu sem ser notado.
Fico imaginando...
Quanta beleza passa despercebida,
Quantas pessoas se cruzam diariamente
E continuam desconhecidas.
Quantos gestos se tornam insignificantes
Quantas coisas simples são esquecidas.
Tenho dó do meu amigo relógio,
Que sempre trabalhou na mesma velocidade
Mas agora, se tornou escravo do tempo.
Sorte é a minha, que fico aqui...
Observando atentamente tudo ao meu redor,
O desabrochar das flores,
O canto dos pássaros,
O voo das borboletas,
E é claro, a vida apressada das pessoas.
Sorte é a minha, que fico aqui...
Sendo a estátua do centro da praça.