Poesia de Bolso 65 ( Antes que o dia arrebente )
Nem tudo é corte,
Mas tudo sangra.
Sangra o beijo
Que na boca úmida
Não bebeu o sal
Que lhe tempera
E se fez espera.
Sangra o olho vazado
No punhal afiado
Das notícias do mundo.
Sangra pelos poros
Os suores noturnos
Do medo, oh do medo
De não se achar o futuro!