QUIMERA QUÍMICA

Eu não sei  o que aparento

Ou invento para mim mesmo
Sei  com convicção que tateio no claro
Sei que ajo no escuro entre muros
Eu procuro coisas feias em densas teias
Eu abraço as indescritíveis sensações
Palpáveis no lugar do lado errado  
Eu trafego numa esfera de autodestruição
Eu aspiro a pura adrenalina da inconsciência  
 Eu me afogo em sonhos suspensos
Eu vomito o que nunca digo aos gritos
Eu ainda não sei o que preciso prender
Eu maltrato e aprisiono meu intimo rindo
Eu devaneio, divago e desaproprio  meus eus
Eu esquartejo o que não vejo e desejo
Eu esbravejo sem contenção
Eu remendo a vida com emoção
Eu contorno as vias da razão
Uso maquiagem da ilusão contra a desilusão
Transfiguro meus anseios mais absurdos e escusos
Eu despejo sobre mim as amarras da incoerência
Eu ataco meus medos  e fujo cheio de arranhões
Atado em grilhões  busco absolvição e redenção
Mesmo por momentâneos segundos agudos
Eu consigo e reinicio outra situação
Para no final cair em tentação.
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 28/07/2012
Reeditado em 02/06/2014
Código do texto: T3802264
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