vaidades
Ah, se ela voltasse
E me dissesse:
“Perdoe-me,
Eu ainda te amo e
Nunca me dei conta
Dessa eternidade,
Que é a eternidade de te amar...”
Creio que eu não diria nada
Não sei de eternidade
A única coisa que sei, é
Que sou eterno
Nesse segundo,
Apenas nesse segundo
que não passa nunca, e tem sempre
Algo ali, ou melhor aqui, colado
Á consciência de estar
Bem longe dos meus desejos
Eternidade! ... Rá!
Trataria bem, daria um café,
Ou ouviria suas histórias,
Lamentos,
Coisa que mulher não deixa
Nunca de falar... Por quê
Será heim?... por quê
Na cabeça feminina
As contas demoram
A se fechar?...
Será que tenho cabeça de mulher?
E por isso não entendo nada
Contas? ...Meu coração também
Na sabe nada de matemática
Esteve a vida toda embananado
Dentro de números...
Mas se ela me dissesse bonitinho
Desse jeito, com aquelas palavrinhas
Bonitas:
Eu ficaria cheio de vaidade!