Missão
No silêncio do mundo, eu ouço uma voz.
Que acorda meus olhos de repente,
Para aquilo que não vejo, mas é real.
Para aquilo que é distante e tão presente.
Essa voz é trovão que atormenta,
Um clamor constante em mim, mas também é suave e fogo ardente,
Que consome e consome sem fim.
Se me escondo no mais intimo das sombras
Ainda sinto esse grito ecoar
É uma gota pingando sem pressa
Esperando e chamando sem cessar
Essa voz que eu ouço e que ouve
Todo dia vem me acordar
Às vezes grito estridente e profundo
Às vezes sussurro a embalar
A depender do tamanho da sede
Da fome e do fogo
Que se há de apagar.