Missão

No silêncio do mundo, eu ouço uma voz.

Que acorda meus olhos de repente,

Para aquilo que não vejo, mas é real.

Para aquilo que é distante e tão presente.

Essa voz é trovão que atormenta,

Um clamor constante em mim, mas também é suave e fogo ardente,

Que consome e consome sem fim.

Se me escondo no mais intimo das sombras

Ainda sinto esse grito ecoar

É uma gota pingando sem pressa

Esperando e chamando sem cessar

Essa voz que eu ouço e que ouve

Todo dia vem me acordar

Às vezes grito estridente e profundo

Às vezes sussurro a embalar

A depender do tamanho da sede

Da fome e do fogo

Que se há de apagar.

Susana Torres
Enviado por Susana Torres em 19/06/2012
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