Verbo

É alma de tinta em alvo papel

Revelando o nefasto. O sublime do céu

É sangue negro sobre veias azuis.

Fazendo história, estórias: finitas, sem fim.

É desabafo molhado e real. Perfume, suor, emoção.

Ferramenta secular e atual.

Espada transpassando o coração.

É borrão no vácuo da inspiração,

sorriso e fúria com e sem explicação.

É a sentença de um juiz.

A liberdade em grades ocultas.

Aquilo que cria e desfaz,

que atravessa o tempo

Que suscita a guerra e a paz.

É arma de um valente moribundo

O grito que desperta o solitário

Que rasga o silêncio mais profundo

É a essência que move o irreal

É morte, é vida.

Imortal.

Susana Torres
Enviado por Susana Torres em 19/06/2012
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