Verbo
É alma de tinta em alvo papel
Revelando o nefasto. O sublime do céu
É sangue negro sobre veias azuis.
Fazendo história, estórias: finitas, sem fim.
É desabafo molhado e real. Perfume, suor, emoção.
Ferramenta secular e atual.
Espada transpassando o coração.
É borrão no vácuo da inspiração,
sorriso e fúria com e sem explicação.
É a sentença de um juiz.
A liberdade em grades ocultas.
Aquilo que cria e desfaz,
que atravessa o tempo
Que suscita a guerra e a paz.
É arma de um valente moribundo
O grito que desperta o solitário
Que rasga o silêncio mais profundo
É a essência que move o irreal
É morte, é vida.
Imortal.