Poema de uma semana cinzenta
 
Dia de frio, cinzento...
Semana não vejo o sol,
Umidade vem do solo
E deixa o povo marrento,
 
A entupir lugares quentes.
 
Shopping e supermercado,
Todo mundo encasacado.
 
Pensei que tinham saído,
Passar feriadão fora,
Na praia ou noutras paragens.
 
Que nada! Muitos ficaram,
Pois a cidade cresceu.
Gente de todos os lados,
Saindo pelo ladrão.
 
Por mais que viajem gentes,
Muita gente ainda fica.
 
Dá vontade de ir-me embora,
Para um lugar de calor...
Sol e verão o ano inteiro,
Pouca gente, muita paz.
 
Quem sabe para Pasárgada.
 
Vou pegar com o Bandeira
Endereço e permissão,
Nem que monte em burro brabo,
Rezando por salvação.
 
Bem igualzinho ao poeta,
Eu então farei ginástica,
Andarei de bicicleta.
 
Pouca coisa eu vou levar,
Mas levo a mulher que eu quero,
Para amar como quiser
Na cama que escolherei.
 
Em Pasárgada, eu também
Serei amigo do rei.


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N. do A. – Na ilustração, placa rodoviária indicativa para o sítio arqueológico de Pasárgada, antiga cidade da Pérsia, atualmente Irã (imagem capturada na Internet).
João Carlos Hey
Enviado por João Carlos Hey em 09/06/2012
Reeditado em 25/08/2020
Código do texto: T3714972
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