Poema de uma semana cinzenta
Dia de frio, cinzento...
Semana não vejo o sol,
Umidade vem do solo
E deixa o povo marrento,
A entupir lugares quentes.
Shopping e supermercado,
Todo mundo encasacado.
Pensei que tinham saído,
Passar feriadão fora,
Na praia ou noutras paragens.
Que nada! Muitos ficaram,
Pois a cidade cresceu.
Gente de todos os lados,
Saindo pelo ladrão.
Por mais que viajem gentes,
Muita gente ainda fica.
Dá vontade de ir-me embora,
Para um lugar de calor...
Sol e verão o ano inteiro,
Pouca gente, muita paz.
Quem sabe para Pasárgada.
Vou pegar com o Bandeira
Endereço e permissão,
Nem que monte em burro brabo,
Rezando por salvação.
Bem igualzinho ao poeta,
Eu então farei ginástica,
Andarei de bicicleta.
Pouca coisa eu vou levar,
Mas levo a mulher que eu quero,
Para amar como quiser
Na cama que escolherei.
Em Pasárgada, eu também
Serei amigo do rei.
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N. do A. – Na ilustração, placa rodoviária indicativa para o sítio arqueológico de Pasárgada, antiga cidade da Pérsia, atualmente Irã (imagem capturada na Internet).