AMANHÃ

Amanhã iremos às casas dos concordes,
Falaremos de arte, música, poesia,
Riremos do tudo e do nada,
Ignoraremos o pode não pode,
Juntaremos nossos retalhos,
Tomaremos o cálice da utopia,
Ficaremos completamente vários,
Veremos nossas almas exageradas,
Ajaezadas, fugidias, vadias.
Amanhã faltaremos ao trabalho,
Andaremos em linha torta,
Abriremos as comportas,
Da desejada ousadia,
Rasgaremos a imensidade,
Com brados de liberdade,
Mandaremos os opressores,
Os senhores do congresso,
Para a puta que pariu,
Transmutaremos...
Manteremos as asas abertas,
Voaremos errantes, controversos,
Mudaremos o nosso inseguro perfil,
Teremos a loucura dos poetas,
Afirmaremos a nossa esperança,
Entraremos no compasso da dança,
Encheremos de luz as retinas.

Amanhã nossa história será mudada,
Amanhã!?... talvez, hoje o medo predomina.


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UTOPIA

 Amanhã o futuro me espera,
como nova e risonha Primavera,
me acenando com graça e singeleza,
tudo aquilo que sonhei, bendito seja.

Voarei, leve, em plena liberdade,
alma pura em toda sua beleza,
desfrutando da Esperança, tão criança,
verde ainda, se exibindo pra que eu a veja.

 Olharei sem medo a realidade,
vou rasgar o véu da eternidade
e beber o elixir da juventude.
Louco sou, mas acredito... Deus me ajude!

 (HLuna)