NA SOLIDÃO; UM POETA

Era
Assim soante
Enlace
Cativante
Primavera
Como se
Da alma brotasse
O amor
Ontem
Hoje não
Mais
(E)ternamente
Sonhos de cristais
Esplendor
Nem sei se
Filete ou fio
Cinza corrente
No ego vazio
Hoje não
Mais
Acalanto
Encanto
Som do coração
Somente
A madrugada
Emoldurada
Pela escuridão
E um poeta
Que aperta
Lentamente
Rascunhos nas mãos
Mãos que se
Fecham tremulantes
Na solidão.


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Na alma do poeta mora a vida e a morte, amor e ilusão,
Seus versos são infinitos afagos, oceanos de ternura,
Guarda o inebriante perfume das flores, no coração,
Sua vida é um poema de solidão que chora amargura...


Só ele beija a noite e grita aos céus as suas mágoas,

A vida desgasta-lhe a alma, mas enxuga suas lágrimas...

(Ana Flor do Lácio)